Á LUZ DA LUA CHEIA
O negro era escravo e, antes de ser livre sofreu na senzala, nos canavias.
O tempo passava e a história era escrita, o açoite da chibata marcou o negro demais !
Os tambores choravam de dor (Á luz da lua cheia)
A esperança ecoava bemmais (Á luz da lua cheia)
Pois batuque não é dança de amor (Á luz da lua cheia)
Proteção vinha dos Orixás (Á luz da lua cheia)
A revolta tem força, tem cor! (Á luz da lua cheia)
E o negro viu que era capaz (Á luz da lua cheia)
O Quilombo então se formou (Á luz da lua cheia)
Trazendo liberdade e a paz (Á luz da lua cheia)
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NEGRO NAGÔ
Eu canto forte, eu canto com o coração !
Não me envergonho de me expressar com emoção !
Não me confunda, não me julgue só de olhar !
Sei de onde venho e onde quero chegar !
Estou armado e seu golpe será em vão pois, minha espada afiei com tradição !
Coro : Negro Nagôôôôôô negro Nagô ôô
Sou descendente de negro Nagô !
Minhas raízes são com as do Jequitibá,
Frimes e fortes, niguém me derrubará !
A nossa arte quem conhece dá valor !
Sou seu devoto com orgulho e com amor! Negro Nagô !